sábado, 28 de fevereiro de 2009

Abrir conta na Inglaterra, haja paciência

As experiências que tive para abrir uma conta na Inglaterra foram um tanto estranhas. Primeiro que nos dois bancos que procurei disseram que eu precisaria marcar hora para falar com o gerente. Segundo, que eu fui pontual nos dois encontros, e pensava que os gerentes britânicos me premiariam com a mesma distinção. Ledo engano. Num dos bancos, tomei um chá de cadeira que me fez desistir de abrir a conta lá. No outro, que me falaram tão bem, simplesmente a gerente não estava. Então, se eles são capazes de fazer isso com um possível cliente não me surpreende porque os bancos ingleses estão quebrando com uma facilidade muito grande. Nenhum ou muito pouco respeito com os clientes, foi isso que eu senti.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Multiculturalismo

Fiquei um tempo sem escrever. Não por falta de inspiração ou por ausência de acontecimentos, mas por pura preguiça mesmo. Desde a nevasca, que foi uma coisa fantástica, pelo inusitado, muita coisa aconteceu. Minha esposa chegou, comecei a trabalhar e conhecer melhor a cidade, além do estudo do inglês. Já falo alguma coisa, mas estar aqui sem dúvida acelera o aprendizado, como já havia feito na Itália. Comecei a entrar no ritmo da cidade, que é alucinante, como escrevi nos primeiros posts. Passei a não ficar tão cansado de subir e descer escadas no metrô, mas não deixei de me admirar com o multiculturalismo da cidade, e a quantidade de línguas que se fala. Semana passada estava voltando à noite do meu curso de inglês e de repente ouvi três pessoas falando ao celular. Uma conversava em francês, a outra em russo, e um terceiro, para salvar a pátria, num inglês com sotaque bem britânico. Ainda não me acostumei com isso. Quer dizer, não que isso me incomode, pelo contrário. Curto muito a cadência das línguas e tento ficar imaginando a mensagem que árabes, franceses, alemães e demais estrangeiros trocam ao telefone.
Agora, em nenhum lugar vi e ouvi tantos brasileiros. E, ao contrário de outras nacionalidades, os brasileiros não têm os seus guetos. Aqui nós moramos espalhados, o que nos enfraquece. Daria uma bela tese saber o porque disso. Porque nós somos tão desunidos quando estamos no exterior. Porque não nos organizamos, como os chineses, os árabes, os indianos, que têm os seus bairros.
Talvez tenha um palpite. Do modo como votamos, deixando que tanta gente sem escrúpulos nos dirija, explica em parte porque não nos organizamos quando estamos fora.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Depois da neve, um dia lindo de sol

Hoje, por incrível que pareça, abriu um sol maravilhoso em Londres. Depois de sermos agraciados com 15 cm de neve, na madrugada de domingo para segunda, a cidade renasceu com um tempo raro nessa época do ano. Mas a economia da cidade não está a pleno, diga-se de passagem. Enquanto estava indo ao trabalho, que no fim tive que dar meia-volta, pois mais um dia não houve expediente, boa parte do comércio estava fechado.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Londres debaixo de neve

Hoje Londres está praticamente parada. Apenas algumas linhas do metrô estão funcionando e os ônibus pararam de circular. Por este motivo muito poucos foram trabalhar na cidade, o que inclui a mim. As aulas também foram interrompidas e as crianças ficaram horas seguidas brincando na neve aqui no condomínio onde moro. Aliás, não apenas crianças, mas os próprios adultos. Fazia 18 anos que não nevava dessa maneira e eu estou tendo a sorte de ser testemunha ocular desse fato. Diria mais, também de brincar como as crianças, pois afinal, eu não sou de ferro.